A cultura e os conhecimentos da Umbanda e Candomblé para além dos terreiros
Fundada em 2015 por Diego de Oxóssi, a editora consolida sua marca durante a 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Após quase três anos de atividades independentes, a Editora Arole Cultural faz sua estreia formal no mercado editorial durante a Bienal Internacional do Livro de São Paulo. O estande da editora Arole Cultural apresentará sete títulos que pretendem desmistificar a cultura afro-religiosa durante o evento, que acontece entre os dias 03 e 12 de agosto. Segundo Diego de Oxóssi, o objetivo da editora é traduzir a cultura dos Orixás de forma objetiva e fácil para o leitor leigo ou para aquele que já tenha algum interesse pelo assunto.
“Arole significa ´o herdeiro´ em idioma iorubá - aquele que carrega uma tradição. Essa é a missão e a principal maneira que nossos títulos e a marca ajudam na divulgação das religiões de matriz africana: quebrando tabus e estigmas, desmistificando e desconstruindo preconceitos e mostrando que somos todos iguais em nossas diferenças”, explica o fundador e escritor.
Por ser uma cultura de tradição oral, muitas práticas se perderam ao longo dos anos e muitos materiais não foram nem ensinados aos seus frequentadores - menos ainda divulgadas ao grande público. “Por isso é necessário, também, registrar memórias e culturas para as próximas gerações e os livros cumprem essa nobre função”, conclui.
A tolerância religiosa e o espaço necessário para as expressões culturais também estão no DNA dos títulos editados pela Arole Cultural “é preciso se fazer (re)conhecer. Muito mais do que tolerância, é preciso garantir aceitação e a única maneira possível, ao meu ver, é se fazendo ver e conviver. Assumindo lugares e ocupando espaços de direito junto à sociedade mais ampla”.